Eu sou do tipo que cuida dos outros. Eu cuido de todo mundo,
cuido de quem eu amo, de quem eu gosto, de quem eu conheço e de quem eu não
conheço. Sou um “cuidador” não remunerado. Se alguém precisa de mim eu já estou
lá, nem precisa pedir. Se está sem gana eu ajudo, se está triste eu dou colo,
se quer desabafar eu escuto atentamente.
Eu adoro ser assim. Gosto porque é algo natural, eu não tenho esforço algum pra isso. Gosto de me sentir útil, de poder ser uma pessoa melhor,
de tentar mudar o mundo ajudando uma vida. Não espero um pedaço no céu com
isso, nem acredito em céu...
Acredito na lei da atração, o que você joga para o mundo, o
mundo joga pra você.
O problema de ser assim, é que nem sempre você é
recompensado. Coisas ruins acontecem com pessoas boas, e coisas boas acontecem
para pessoas ruins. Isso me faz repensar muitas coisas.
Me questiono se Deus existe, e se existe por que tanta
desigualdade? Por que tanta injustiça?
Eu cuido. Mas ninguém cuida de mim. Pode parecer dramático,
mas dessa vez não é. Eu realmente preciso ser cuidado. Deixar alguém resolver
as coisas para mim, que me mande uma mensagem no meio do dia para saber se eu
estou bem, que vá comprar um chocolate só para deixar meu dia mais doce...
Essas coisas pequenas, bobas, sabe?
Enfim, não preciso de um namorado. Só preciso de alguém que
cuide de mim, pode ser um amigo, um colega de trabalho ou faculdade. Sei lá, só
alguém para olhar por mim...
#desabafodabicha